
Um dos pontos mais controversos dos aspectos para promover uma educação em valores é o trabalho intencional com valores. Quais seriam estes valores? Como defini-los? A questão é complexa por causa de variáveis geográficas, históricas, sociais etc. de cada comunidade escolar. Haveria alguns valores éticos comuns? Seria possível estabelecer parâmetros éticos que pudessem servir às diferentes comunidades num país tão diverso quanto o Brasil?
A dificuldade para se chegar a uma resposta razoável para tais questões não podem nos impedir de buscarmos alguma proposta.
Acho muito pertinente a proposta do uso da Declaração Universal dos Direitos Humanos como uma base sobre princípios éticos. Seus 30 artigos podem ser um excelente ponto de partida para desenvolver, trabalhar e refletir sobre noções de preservação da vida humana, de regras de convivênvia pacífica com perspectivas para a melhoria da qualidade de vida.
Tais atividades não seriam para legitimar a Declaração. Poderia ser, num primeiro momento, a compreensão, extensão e aplicação de seus artigos. Depois seria possível analisar se os artigos contemplam plenamente as necessidades da comunidade escolar. Seria possível ampliá-la ou complementá-la?

A declaração é capaz de garantir todos os direitos?
Um único artigo da lista já gera conteúdo suficiente para muitos debates e um trabalho que poderia ser desenvolvido por diferentes grupos sob diferentes perspectivas. A possibilidade de participação, interação de diferentes disciplinas sobre determinados artigos levaria a um trabalho interdisciplinar e/ou multidisciplinar. As possibilidades são muitas.
Entretanto, como dito anteriormente, este é um ponto de partida. Temos que pensar outras propostas para desenvolver e ampliar o debate sobre valores e princípios éticos. Há que se buscar aspectos particulares e de identidade de determinadas coletividades e grupos sociais que fazem parte da comunidade escolar.
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